O Diretório de 1795 foi o principal órgão de governo da França entre 1795 e 1799. Foi a entidade que assumiu o governo francês na esteira do Reinado do Terror e foi a fase final da Revolução Francesa propriamente dita. Sua fraqueza e corrupção inerentes eventualmente levaram ao seu colapso e ao estabelecimento definitivo do Consulado sob Napoleão.
Após o Reinado do Terror e o fim do Comitê de Segurança Pública, o governo revolucionário francês adotou uma nova constituição, a terceira da França. De acordo com esta nova constituição, o Diretório foi estabelecido com duas casas: o Conselho dos Antigos, composto de 250 pessoas, e um segundo conselho de 500 pessoas. À frente desta legislatura bicameral estava um painel de cinco diretores, dos quais o mais importante historicamente foi Paul Barras.
Como o Diretório foi uma tentativa de evitar o tipo de poderes tirânicos detidos pelo Comitê de Segurança Pública, seus poderes executivos eram necessariamente fracos. Também foi vítima de corrupção galopante e óbvia. Conforme afirmado na Enciclopédia Britânica, o Diretório tornou-se assim um “experimento fatal”, que exigia um tipo de liderança mais coerente e eficaz para o país.
Sem surpresa, os críticos do Diretório começaram a agir. Em 1799, um pequeno golpe derrubou o Diretório e estabeleceu o Consulado, um corpo de três pares supostamente iguais que guiariam a França com pouca ou nenhuma ajuda do legislativo. O líder de fato do Consulado, entretanto, era o ex-general Napoleão Bonaparte, que rapidamente consolidou o poder de maneira mais formal para si mesmo. Em 1804 foi coroado imperador dos franceses na Catedral de Notre Dame. A Revolução Francesa acabou e o Primeiro Império começou.