O anel de uma samambaia é uma fileira especial de células que corta ao meio uma estrutura em pedúnculo chamada esporângio, semelhante a uma espinha. O objetivo dessa estrutura é a reprodução e funciona como uma catapulta, lançando esporos para longe da planta-mãe. O anel atua como a mola da catapulta.
Como o arrasto é difícil de superar para pequenas partículas em vôo, o esporângio deve arremessar seus esporos com uma quantidade enorme de força. As paredes internas de uma célula anular são fortemente reforçadas, enquanto suas paredes externas mais finas são permeáveis à água. Essa água é retirada do anel à medida que o esporângio seca, fazendo com que as células encolham e se dobrem. Isso encurta a superfície curva do esporângio e a abre, expondo os esporos em seu interior.
As grossas paredes internas do anel resistem ao colapso conforme a água evapora e, eventualmente, a pressão da água é baixa o suficiente para que uma bolha de gás se forme dentro da célula. A formação de uma bolha de gás desencadeia uma reação semelhante nas células vizinhas. O ar dentro das células anulares as traz de volta à sua forma pré-evaporada; quando isso acontece, eles voltam às suas posições originais, lançando esporos em todas as direções.
