As enzimas da saliva iniciam o processo de digestão dos alimentos ingeridos e decompõem as partículas alimentares que se acumulam nas fendas dentais, protegendo os dentes da cárie bacteriana. A saliva também funciona como um lubrificante, permitindo deglutir e evitando a dessecação do trato digestivo.
Além da pré-digestão, outras espécies, como os pássaros, usam a saliva como adesivo na construção dos ninhos. A saliva venenosa de cobras e víboras é usada na caça. Algumas espécies de aranhas e lagartas criam fios de glândulas salivares.
As propriedades lubrificantes da saliva permitem que ela cubra os alimentos e evite traumas induzidos mecanicamente durante a alimentação, a deglutição e a fala. Essa lubrificação também garante o fluxo contínuo de alimentos ao longo do trato digestivo, sem aderir ao revestimento interno.
A saliva contém a enzima amilase que, quando auxiliada pelo efeito mecânico da mastigação, leva à quebra do amido em açúcares simples, como a maltose e a dextrina. Esse efeito de decomposição é responsável por apenas 30% do processo de digestão do amido. A saliva também contém lipase, que inicia a digestão da gordura.
A produção insuficiente de saliva leva à cárie dentária e doenças gengivais. A produção de saliva insuficiente é chamada de xerostomia e é um efeito colateral de muitos medicamentos e narcóticos.