Um bom exemplo de estudo de caso sobre como o isolamento afeta o desenvolvimento de uma criança é o caso de Genie, uma criança que cresceu confinada em seu quarto e quase totalmente isolada de todo contato humano até os 13 anos de idade. Esse período de isolamento afetou severamente seu desenvolvimento físico e cognitivo.
O pai de Genie interpretou mal um diagnóstico de leve atraso no desenvolvimento quando ela tinha 14 meses de idade e, a partir de então, confinou-a inteiramente em seu quarto com o mínimo de contato humano. Pelos próximos 12 anos, ela não teve contato com sua mãe ou irmão, e seu pai batia nela ou latia para ela se ela emitisse algum som. Genie escapou aos 13 anos quando sua mãe fugiu de casa e a levou junto. Naquela época, a criança não conseguia ficar em pé, sabia apenas cerca de 20 palavras, não era treinada para ir ao banheiro e constantemente salivava.Depois de alguns meses de terapia, ela aprendeu a se vestir e a dar respostas monossilábicas. No entanto, ela progrediu muito pouco no que diz respeito ao vocabulário e à capacidade de fazer perguntas. À medida que crescia, ela aprendeu a se comunicar por meio da linguagem de sinais e praticou habilidades básicas de comunicação com aqueles com quem estava mais familiarizada. Apesar de receber a custódia, a mãe de Genie achou muito difícil cuidar dela e a colocou em um orfanato. Em 2008, Genie passou por seis lares adotivos, permanecendo muito abaixo do normal em termos de desenvolvimento emocional e cognitivo.
