A Trilha das Lágrimas continua sendo um dos piores desastres de direitos humanos que se abateu sobre os povos indígenas americanos na história dos Estados Unidos. Entre 1838 e 1839, 15.000 Cherokees foram retirados de suas casas ancestrais na Geórgia e colocados em uma marcha forçada, finalmente terminando no futuro estado de Oklahoma. De acordo com a PBS, mais de 4.000 deles morreram no caminho, devido às condições horríveis.
A expulsão dos Cherokee foi o resultado de uma proposta de política de remoção de índios que teve suas raízes nas administrações de Thomas Jefferson e James Monroe. Foi Andrew Jackson, um homem que demonstrou considerável antipatia pelos nativos americanos ao longo de suas carreiras militares e políticas, quem finalmente implementou a política. O desejo dos brancos por terras Cherokee foi gerado por vários fatores. Primeiro foi a oportunidade de um novo espaço para assentamentos e especulação imobiliária. A segunda, de acordo com o site da Cherokee Nation, foi a descoberta de ouro na parte norte da Geórgia.
Apesar de um apelo Cherokee bem-sucedido à Suprema Corte para proteger suas terras, o governo federal avançou com a realocação dos Cherokee de qualquer maneira, com Andrew Jackson provocando o presidente do tribunal, John Marshall, para tentar fazer cumprir sua própria decisão. Conforme observado no ushistory.org, em 1835, alguns Cherokee decidiram voluntariamente deixar a Geórgia em troca de um terreno prometido em Oklahoma. Outros, liderados por John Ross, recusaram-se terminantemente a ser evacuados e foram removidos à força. Esta marcha forçada ficou conhecida como a Trilha das Lágrimas, onde, de acordo com a PBS, os migrantes Cherokee enfrentaram privações como “fome, doença e exaustão”. Uma tragédia final provocada pela Trilha das Lágrimas foi a sangrenta guerra civil que eclodiu entre os Cherokees em Oklahoma, entre aqueles que seguiram Ross e aqueles que se retiraram voluntariamente. A violência que irrompeu dividiria a tribo já ferida por gerações.