As igrejas orientais e ocidentais se dividem por diferenças na teologia, prática, política e cultura. À medida que Constantinopla se tornava um importante centro de governo na metade oriental do Império Romano, a igreja ali começou a desafiar a supremacia de Roma. Sem uma língua e cultura comuns, as duas metades da Igreja Cristã se separaram em face de suas divergências.
A divisão entre as igrejas oriental e ocidental foi amplamente motivada politicamente. O bispo de Roma detinha considerável autoridade desde os primeiros dias da igreja. Roma, Alexandria e Antioquia eram os três centros de poder do Cristianismo. Depois que Constantino mudou a capital do Império Romano para Bizâncio, a igreja lá desfrutou de uma influência eclesiástica crescente igual à importância política reforçada da cidade. Depois que Alexandria e Antioquia caíram nas mãos dos muçulmanos, Roma e Constantinopla permaneceram as duas igrejas mais fortes, criando uma rivalidade que alimentou sua eventual separação.
As igrejas do leste e do oeste discordaram em pontos-chave de doutrina e ritual. A igreja ocidental cria que o Espírito Santo emana tanto do Pai quanto do Filho. O clero da igreja ocidental irritou a igreja em Constantinopla quando ela inseriu essa doutrina no credo de Nicéia. A igreja ocidental adotou o uso de pães ázimos para a Eucaristia para desgosto da igreja oriental. A igreja oriental discordou da tradição ocidental de padres solteiros. A igreja romana desprezava a subserviência da igreja oriental ao imperador bizantino.
Essas tensões chegaram ao clímax quando o Patriarca de Constantinopla Miguel Cerularius ordenou o fechamento de todas as igrejas latinas em sua cidade. Quando a liderança da igreja ocidental o excomungou, Cerularius os excomungou por sua vez.