Entre 1328 e 1351, a peste bubônica, comumente conhecida como a peste negra, matou aproximadamente um terço da população da Europa. A natureza generalizada da doença, junto com seus sintomas horríveis, inspirou os europeus a fazer qualquer coisa para evitá-la.
Uma série de crenças supersticiosas e pseudo-científicas surgiram em torno das causas da propagação da peste bubônica. Em seus esforços para evitar a doença, as pessoas chegaram a extremos ultrajantes, incluindo viver em esgotos, barricar-se da sociedade e flagelar-se com chicotes.
Um truque amplamente usado para evitar a peste foi uma das primeiras formas de aromaterapia. Os médicos instruíram os pacientes a carregar flores consigo, pensando que o doce odor manteria a praga sob controle. Pacotes de ervas também foram usados como alternativa. As classes mais altas começaram a usar bolas de perfume chamadas pomander, um costume que continuou depois que a praga foi exterminada.
Os católicos acreditavam que a praga era o castigo de Deus pelo mal na sociedade, levando alguns a tomarem ações extremas, como a autoflagelação, na tentativa de obter o perdão. Outros acreditavam que a doença era a vontade de Deus e que eram impotentes para resistir ou tentar impedir sua propagação.
Algumas pessoas se mudaram para o esgoto, depois de ouvir que a praga estava no ar. Eles acreditavam que o ar impuro impediria que o ar fresco, infestado de pragas, entrasse nos esgotos. Aqueles que aderiram a essa ideia muitas vezes foram infectados, seja com a peste bubônica ou com uma doença causada pelas condições sujas dos esgotos.
Um remédio mais ultrajante envolvia raspar um frango vivo e amarrá-lo aos nódulos linfáticos inchados de uma pessoa infectada. O frango adoecia e era lavado para que o processo ocorresse novamente, até que um dos dois ficasse saudável.