Carlos Magno, um rei franco que governou entre 768 e 814 DC, uniu a maior parte da Europa Ocidental sob seu trono e criou um minirrenascimento que encerrou a Idade das Trevas da Europa. Por esse motivo, Carlos Magno é às vezes referido como o "Pai da Europa".
Após a queda do Império Romano, a Europa mergulhou em uma anarquia de pequenas propriedades e minúsculos reinos, todos guerreando uns contra os outros. Educação e cultura eram quase inexistentes. Quando Carlos Magno ascendeu ao trono franco, ele imediatamente deu início a uma campanha para expandir seu reino, travando mais de 50 batalhas para conquistar a Europa do leste da Alemanha ao sul da Espanha. Em cada país, ele estabeleceu reformas específicas, começando com a unificação da moeda europeia para facilitar o comércio. Os nobres perderam parte de seu poder quase absoluto, enquanto os camponeses foram encorajados a participar do mercado e receber alguma medida de liberdade. Carlos Magno incentivou a alfabetização e a educação em latim para seus cidadãos, ajudando a cristianizar partes ainda pagãs da Europa.
Em 25 de dezembro de 800 d.C., o Papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador Romano Sagrado, o primeiro desde a queda de Roma. Leão III havia sido deposto pelos romanos e retirado para um mosteiro, fato que Carlos Magno se recusou a reconhecer. Ele marchou para Roma e resgatou o Papa, reforçando o poder da Igreja Católica. Embora a Europa tenha se fragmentado com a morte de Carlos Magno, ele deu aos europeus um sentimento de pertencer a um mundo comum e reformas que o tiraram da Idade das Trevas.