O Culto da Domesticidade, uma celebração cultural do século 19 do lugar das mulheres no lar, fez com que o lugar das mulheres de classe média na sociedade fosse limitado a supervisionar a casa e criar os filhos. As mulheres "verdadeiras" da classe média enfrentavam estereótipos femininos que exigiam que fossem piedosas, submissas, mansas, frágeis e puras. O Culto da Domesticidade postulou que eles eram mais adequados para papéis domésticos e maternidade. Esperava-se que preservassem a civilidade e os valores familiares de classe média por meio do desempenho dessas funções.
O Culto da Domesticidade, também conhecido como Culto da Verdadeira Feminilidade, estigmatizou as mulheres que deixaram o ambiente abrigado de casa para se expor no comércio ou na política, que era o reino dos homens. As mulheres de classe média que permaneceram solteiras ou sem filhos foram relegadas às margens de uma sociedade que celebrava o casamento e a criação dos filhos como um dever. Na cultura visual e literária, o Culto da Domesticidade resultou em imagens como o popular "Anjo na Casa": uma criatura submissa, gentil e pura que existia para agradar o marido e a família nos confins do lar.
Isso não significa que as mulheres não tenham influência pública; muitas mulheres participaram e participaram da política. Em meados do século 19, por exemplo, Harriet Beecher Stowe usou os valores da domesticidade em seu romance "A cabana do tio Tom" para ganhar simpatia pela situação dos escravos sulistas. O romance argumenta que a escravidão mina a domesticidade no coração da América. Nessa situação, uma autora capitalizou o Culto à Domesticidade para promover uma causa política.
As mulheres da classe baixa não eram tão limitadas pelo Culto à Domesticidade, que afetava principalmente as mulheres das classes média e alta. A pobreza manchava as imagens de pureza e gentileza valorizadas na cultura doméstica. Portanto, as mulheres pobres tinham mais liberdade de escolha para trabalhar fora de casa.