A hipótese de oscilação explica o fenômeno da degenerescência que é visto no código genético por meio do reconhecimento de tRNA de mais de um códon. A hipótese da oscilação foi descrita pela primeira vez pelo cientista Francis Crick em 1966, vários anos depois que ele ajudou a descobrir a estrutura do DNA com James Watson.
Cada tRNA contém um anti-códon de três bases que é complementar a um códon no mRNA transcrito. Os primeiros dois pares precisam ser complementares para que a ligação ocorra, mas o terceiro par nem sempre precisa ser complementar. Esta é a oscilação, ou tolerância à degenerescência, no código genético.
Uma vez que o mRNA é composto por quatro bases de nucleotídeos diferentes (A, G, U e C) e os códons são compostos por três dessas bases, existem 64 configurações de códons possíveis. Além disso, seria esperado que houvesse 64 tRNA e 64 aminoácidos associados. No entanto, existem apenas 21 aminoácidos, o que significa que algum tRNA deve se ligar a vários códons e fornecer o mesmo aminoácido para diferentes configurações de códons.
A maioria dos aminoácidos são colocados se mais de um códon é lido pelo tRNA correspondente. Há exceções para isto. Por exemplo, o aminoácido metionina é colocado apenas se um códon AUG estiver presente. Isso é importante porque AUG é o códon que é sempre traduzido primeiro na síntese de peptídeos. A hipótese de oscilação é uma explicação postulada para este fenômeno observado e tem sido amplamente aceita na comunidade científica.