De acordo com o Inter Press Service, a síndrome de Lima é um estado psicológico comparável à síndrome de Estocolmo. Em vez de um refém se identificar com seu capturador, o capturador começa a se identificar e simpatizar com o refém. O termo foi cunhado pelo psiquiatra peruano Mariano Querol, que foi sequestrado por 18 dias em julho de 1996.
Querol foi sequestrado para resgate por um vizinho de um de seus filhos e uma equipe de três outros homens. Eles afirmam que o sequestraram porque estavam profundamente endividados. Enquanto estava preso, Querol leu o romance "Notícias de um sequestro" com os homens. Ele acreditava que seu relacionamento com eles os impedia de matá-lo durante o longo período de cativeiro. Querol acabou sendo libertado quando o resgate foi pago por sua família.
A síndrome também está associada a um incidente com reféns ocorrido em Lima em dezembro de 1996. Membros de um movimento revolucionário invadiram a embaixada japonesa na cidade de Lima, durante uma festa. Inicialmente, os captores fizeram centenas de reféns. No entanto, a maioria desses reféns foi libertada nas primeiras horas do impasse; isso provavelmente se deve ao fato de os captores desenvolverem simpatia por eles.