Calpurnia foi a terceira e última esposa de Júlio César. Nascida em 75 a.C., ela se casou com César em 59 a.C., quando ela tinha cerca de 16 anos e ele, 41.
Fontes contemporâneas indicam que Calpurnia tinha uma disposição reservada e modesta. Um ano após seu casamento, Júlio César nomeou seu pai, Piso, cônsul. Ela não gerou filhos a César. Após o assassinato de seu marido em 44 a.C., Calpurnia deu seus documentos pessoais, incluindo seu testamento, a Marcus Antonius, um dos aliados políticos mais próximos de César.
Calpurnia desempenha um papel importante em muitos dos antigos relatos da morte de César. Por exemplo, Estrabão e Tito Lívio escrevem que ela teve um sonho perturbador sobre o marido estar em perigo. Calpurnia contou a César essas premonições e implorou-lhe que adiasse a reunião do senado a que ele compareceria naquele dia. Quando outros videntes confirmaram suas visões, ele resolveu adiar a reunião. No entanto, Decimus Brutus, um dos homens que conspirava para matá-lo, o convenceu a comparecer, dizendo que os senadores iriam zombar dele se ele não fosse.
Após a morte de César, Calpurnia nunca se casou novamente. A história não registra os eventos posteriores de sua vida e morte. William Shakespeare usou vários detalhes da biografia de Calpurnia, incluindo a falta de filhos e as premonições da morte de César, em sua peça "Júlio César".