A vida dos afro-americanos no sul dos Estados Unidos na década de 1930 não era fácil: eles enfrentavam discriminação racial, uma ameaça quase constante de violência e muito menos oportunidades de emprego do que os brancos. A situação econômica na década de 1930 foi sombrio na melhor das hipóteses, mesmo francamente terrível. Na maioria das áreas, os poucos empregos disponíveis foram para brancos, que geralmente tinham melhor acesso à educação e a serviços sociais importantes, como assistência médica e subsídios.
O início da Grande Depressão no final dos anos 1920 apenas adicionou lenha ao fogo da desigualdade e segregação enfrentado pela comunidade afro-americana nos estados do sul. A abolição da escravidão deu aos afro-americanos um vislumbre de esperança, mas sua visão coletiva de oportunidade e progresso social foi rapidamente reprimida quando a nação mergulhou em profunda depressão. À medida que a situação econômica nacional piorava, os afro-americanos foram os primeiros a perder seus empregos e muito poucos encontraram empregos alternativos. A taxa de desemprego para afro-americanos em todo o Sul durante a década de 1930 era pelo menos duas vezes, e em alguns locais três vezes, mais alta do que a dos brancos. Para piorar a situação, muito pouca ajuda foi distribuída pelos governos estadual e federal às comunidades afro-americanas: cuidados de saúde e cupons de alimentação eram praticamente inexistentes para os afro-americanos, e algumas organizações de caridade e refeitórios se recusavam a atendê-los.