Na tradição cristã, Jesus é referido como o "Cordeiro pascal" ou "Cordeiro de Deus" porque sua crucificação ecoa o sacrifício ritual do cordeiro pascal. Muitos aspectos do simbolismo cristão têm raízes na fé judaica. Na tradição judaica, "Cordeiro Pascal" refere-se a um cordeiro sacrificado e comido como parte do rito da Páscoa.
A Páscoa comemora a libertação dos antigos escravos hebreus de uma praga em que morreria o primogênito de cada família. Deus instruiu os hebreus a sacrificar um cordeiro e pintar a entrada com seu sangue. O sangue desse cordeiro salvou a família da morte de seu primogênito. Matar e comer "um cordeiro sem mancha" tornou-se parte da cerimônia da Páscoa em memória dessa história.
Muitos aspectos desta história da Páscoa aparecem na simbologia cristã em torno de Jesus, que é descrito como "derramando Seu sangue para salvar o mundo", um "Cordeiro de Deus" ou "cordeiro sacrificial" e "sem mancha".
A Páscoa ocorre quase ao mesmo tempo que a Páscoa do Cristianismo, que celebra a ressurreição de Jesus após seu sacrifício.
Na tradição católica, a prática da Eucaristia, o consumo ritual do pão e do vinho para simbolizar o corpo e o sangue de Cristo, também ecoa o ritual da Páscoa de comer o cordeiro sacrificial.