A biopsicologia representa a abordagem da psicologia que estuda os eventos biológicos que moldam as ações, pensamentos e sentimentos. A pesquisa conduzida por biopsicólogos investiga os processos neurais, genéticos e endócrinos que afetam o comportamento. Os processos fisiológicos associados a outros órgãos além do cérebro, como o estômago e várias glândulas, também são estudados para determinar seu efeito nas respostas comportamentais e distúrbios emocionais.
Os primórdios da biopsicologia, também conhecida como neurociência comportamental ou psicologia biológica, podem ser rastreados desde o século 17, quando René Descartes sugeriu que fatores fisiológicos, como a glândula pineal e os movimentos do fluido corporal, desempenhavam um papel no comportamento humano. Descartes estava incorreto nas especificações de suas suposições sobre as conexões entre mente e corpo, mas ele e outros filósofos de mentalidade semelhante ajudaram a dar origem à ciência emergente da psicologia.
William James, que se formou como fisiologista, escreveu o que é considerado um dos primeiros livros didáticos de psicologia. Em seu livro de 1890, "The Principles of Psychology", ele argumentou que o novo campo deve ser fundamentado em um estudo de biologia e que "uma certa quantidade de fisiologia cerebral" deve ser incluída no estudo da mente.
Em sua busca para encontrar correlações entre eventos fisiológicos e comportamento, os biopsicólogos procuram indicadores corporais como lesões no tecido neural, interferência farmacológica nas neurotransmissões e, em experimentos envolvendo animais de laboratório, os resultados da engenharia genética. Conforme a sofisticação técnica avança e procedimentos experimentais mais não invasivos são desenvolvidos para seres humanos, a abordagem biológica da psicologia está contribuindo em um grau muito maior nas áreas de consciência, linguística, raciocínio e tomada de decisão.