"Paz sem vitória" refere-se às tentativas de Woodrow Wilson de defender uma solução pacífica para a Primeira Guerra Mundial. Wilson fez o discurso em janeiro de 1917, mas seu apelo não foi atendido, e os Estados Unidos declararam guerra contra a Alemanha apenas duas poucos meses depois.
Wilson, o 28º presidente dos Estados Unidos, estava na era da Guerra Civil e viu a destruição que a guerra massiva trouxe. Era crucial para sua campanha política manter os Estados Unidos fora da guerra que devastava a Europa. No discurso de "paz sem vitória", ele destacou que cada lado do conflito expressou pelo menos alguma disposição para discutir os termos de paz sem se render. Em vez de entrar na guerra, Wilson idealisticamente pediu que os Estados Unidos sejam um pacificador, aplicando seu poder junto com outras nações para impedir que uma guerra dessa escala aconteça novamente.
O argumento de Wilson chamou isso de uma extensão da doutrina Monroe de não-interferência, onde por mais de um século os Estados Unidos evitaram se envolver em conflitos europeus (e exigiram em troca que as potências europeias deixassem as Américas em paz). Ele acreditava que cada nação deveria ser deixada em paz para governar a si mesma, e que isso só poderia ser alcançado por um acordo universal para limitar o poder militar, manter os oceanos livres e abertos a todos e evitar as alianças militares que transformaram a Primeira Guerra Mundial em um conflito global.