O teatro grego antigo surgiu de festivais em homenagem aos deuses e deusas. Por volta de 700 aC, ao mesmo tempo que a antiga Atenas ascendia ao poder político e militar, tornou-se o centro cultural do festival de Dionsysis, deus do vinho e dos êxtases religiosos. A partir da Dionísia desenvolveram-se três gêneros dramáticos: a tragédia no final do século 6 aC, a comédia em 486 aC e a peça sátira.
Embora os gregos celebrassem festivais aos seus deuses por muitos séculos, as peças apresentadas na Dionísia se voltaram mais para a política contemporânea e menos para a reverência tradicional. Atenas, em particular, procurou construir e promover uma identidade cultural comum exportando drama para suas colônias. Mais do que lances de bola parada, as peças gregas passavam notícias de negócios militares e políticos, satirizavam políticos e, no caso das peças sátiras, celebravam a obscenidade com embriaguez, sexualidade franca, travessuras e adereços. Facilmente a mais séria em conteúdo, a tragédia se origina com Thespis, o primeiro ator grego. Suas “canções de cabra”, que podem se referir tanto às cabras sacrificadas a Dionysis quanto às peles que os atores usavam, inspiravam-se na mitologia, sobre a qual ele cantava em ditirambos. A tragédia pode ser lição prática e comentário político simultaneamente. As comédias dionisíacas eram peças com finais felizes, povoadas pelo que Aristóteles chamou de ridículo e feio.