Longas horas de grande esforço físico em um ambiente quente, barulhento e muitas vezes nocivo tornava a vida diária de um ferreiro medieval difícil. Batizados com o nome por trabalhar com minério de ferro negro, os ferreiros da Idade Média faziam muito mais do que armas; eles forjaram as ferramentas e materiais necessários para a civilização.
Um ferreiro normalmente começou seu aprendizado dos 11 aos 14 anos, muitas vezes trabalhando de cinco a oito anos antes de ser capaz de produzir uma obra-prima e trabalhar como comerciante por conta própria. Um dia típico começava antes do nascer do sol com a preparação da forja, o que exigia a aquisição de combustível e horas de bombeamento do fole para aquecer a chama o suficiente para processar minério e ferramentas de forja. O fluxo de ar do fole, geralmente bombeado por um aprendiz ou roda d'água, precisava ser sustentado o dia todo. Moldar fisicamente o metal duro exigiu longas horas de batidas precisas de um martelo à prova de estilhaçamento. À medida que o metal esfriava, ele precisava ser reaquecido e o processo repetido.
A localização de um ferreiro determinou o que ele produziu. Os ferreiros da aldeia eram os principais responsáveis por forjar ferraduras, arados, hobnails e cabeças de ferramentas como pás, machados ou forcados. Mais próximo da nobreza endinheirada, um ferreiro de castelo era responsável pela decoração como braseiros, lustres e dobradiças. A maioria dos ferreiros não fabricava armas, mas criava as ferramentas necessárias para manter o funcionamento do mundo medieval.