Localizada na cavidade peritoneal feminina, a bolsa de Douglas desempenha um papel na drenagem de fluido dessa área. Também conhecida como bolsa reto-uterina, esta parte da anatomia feminina também tem implicações importantes na diálise peritoneal e no sistema digestivo.
A bolsa reto-uterina de Douglas é, na verdade, uma extensão do peritônio que fica entre a parede posterior do útero e o reto apenas nas mulheres; seu equivalente masculino é a bolsa rectovesical. A bolsa retro-uterina, quando conhecida como Bolsa de Douglas, refere-se ao anatomista escocês James Douglas, que primeiro identificou a estrutura. É a área mais dependente e inferior da cavidade peritoneal nas mulheres.
A principal função da bolsa reto-uterina é ajudar a drenar o fluido da região peritoneal, especificamente o que ocorre normalmente durante a menstruação. Como tal, baixos níveis de fluido (entre 1 e 5 mililitros) na bolsa ao longo do ciclo menstrual são considerados normais. Níveis mais altos podem indicar condições como ruptura de cisto ovariano, peritonite, abcesso pélvico ou endometriose.
Além de sua função anatômica, a bolsa reto-uterina desempenha um papel importante na diálise peritoneal, usada para o tratamento da insuficiência renal em estágio terminal. Neste caso, um cateter é inserido através da bolsa na cavidade peritoneal e serve como uma porta para o fluido dialisado e como um conduto para a drenagem.