Hipácia era a chefe da escola platônica em Alexandria, Egito, durante o início do século V. Ela era filha de um matemático grego proeminente e havia se formado em filosofia platônica na Academia de Atenas. Seu trabalho em Alexandria, que na época era um grande centro de estudos no mundo antigo, se concentrava no ensino de ciências e filosofia.
Hipácia era considerada muito bonita, e sua estreita amizade com o governador romano de Alexandria a colocava no centro da intriga política local. Na época de sua morte, em 415 ou 416, o governador, Orestes, estava envolvido em uma disputa com Cirilo, o bispo de Alexandria, sobre os regulamentos relativos às competições de dança judaica na cidade. As tensões transformaram-se em violência, com Cirilo expulsando os judeus alexandrinos da cidade.
Por seu apoio ao governador e pela suspeita de que seu conselho estava frustrando os esforços de reconciliação, Hipácia tornou-se o alvo da ira da congregação cristã local. Certa noite, enquanto ela voltava para casa de carruagem, uma turba atacou-a e arrastou-a para uma igreja local. Lá, ela foi despida e assassinada com ostrakois, que geralmente é traduzido como "conchas de ostra", mas que provavelmente significa telhas ou fragmentos de cerâmica.