A melhor maneira de se defender em um debate tão complexo quanto aquele sobre a natureza humana é entender com que filósofos, cientistas, psicólogos e outros já contribuíram para ele. Normalmente, "natureza humana "refere-se ao conjunto de características com as quais os seres humanos nascem. Isso significa que tudo o que as pessoas aprendem, incluindo a cultura, não faz parte de sua natureza. Se fosse parte de sua natureza, eles não precisariam aprender.
A ideia de que a natureza humana é boa remonta a Platão e Aristóteles, que argumentaram que a natureza humana é social e as pessoas tendem a se dar bem umas com as outras. A ciência apóia esse ponto de vista com estudos que mostram que crianças pequenas têm empatia por outras pessoas que estão sofrendo, sugerindo que elas nasceram preocupadas com os outros.
St. Agostinho argumentou o contrário, que a natureza humana é pecaminosa, violenta e gananciosa. Cientistas como Richard Dawkins parecem concordar com ele, argumentando que os humanos evoluíram para ser egoístas porque essa é a única maneira pela qual a seleção natural poderia ter funcionado.
O debate sobre a natureza humana é mais do que uma questão de bem versus mal, no entanto. Sigmund Freud argumentou que a natureza humana é um conflito entre o bem e o mal, ao invés de simplesmente um ou outro, e que há pesquisas científicas para apoiar os dois lados do argumento. John Locke e Jean-Paul Sartre duvidavam da existência da natureza humana, embora Locke acreditasse que os humanos foram moldados por seu ambiente, enquanto Sartre acreditava que os humanos foram moldados por suas próprias decisões livres. Finalmente, os relativistas morais argumentam que nenhuma característica humana é inerentemente boa ou má e que seus valores dependem da cultura e da situação.