De acordo com a Enciclopédia Britânica, a revolução do devido processo afetou o policiamento, mudando a maneira como os policiais realizavam suas tarefas diárias. Além disso, como as novas diretrizes exigiam um grau mais alto de profissionalismo, os departamentos de polícia aumentaram seus padrões de recrutamento, reformularam os programas de treinamento e iniciaram novos procedimentos de detenção e interrogatório de suspeitos.
A revolução do devido processo surgiu na sequência de várias decisões da Suprema Corte dos Estados Unidos na década de 1960. A primeira delas, em 1961, estipulou que as provas obtidas por busca e apreensão ilegal não poderiam ser utilizadas em juízo. Em 1964, a Suprema Corte determinou que, se um suspeito não recebesse um advogado mediante solicitação, suas declarações durante o julgamento seriam inadmissíveis como prova. Em 1966, o Supremo Tribunal decidiu que, antes do interrogatório, a polícia deve informar o suspeito de seu direito de permanecer em silêncio e de ter um advogado presente. Isso exigia que a polícia citasse o que ficou conhecido como "direitos Miranda" a um suspeito após a prisão.
O princípio do devido processo é mencionado duas vezes na Constituição dos Estados Unidos, uma vez na quinta emenda e novamente na décima quarta. Em ambos os lugares, usa a mesma linguagem, que ninguém será "privado da vida, da liberdade ou da propriedade sem o devido processo legal". O primeiro uso se refere ao governo federal e o segundo se refere aos governos estaduais.