O rei Carlos VI da França estava sujeito a ataques de insanidade onde, entre outras coisas, ele não reconhecia sua família ou pensava que ele era feito de vidro. Os médicos modernos acham que ele pode ter sofrido de esquizofrenia ou transtorno bipolar.
Carlos VI foi rei da França de 1380-1422. Ele era conhecido como Carlos, o Amado, no início de seu reinado, mas logo se tornou conhecido como Carlos, o Louco. Seu primeiro ataque de insanidade foi em 1392. O rei teve uma febre enquanto estava na floresta com seu exército, e quando foi surpreendido pelo estrondo de uma lança caída, ele desembainhou sua espada, balançando seus cavaleiros em um ataque de paranóia. Charles matou quatro cavaleiros e quase matou seu irmão antes de ser dominado.
Os ataques de insanidade do rei Carlos tornaram-se frequentes e podiam durar meses seguidos. Ele às vezes era incapaz de reconhecer sua esposa ou filhos, ou esquecer que era rei. Ele costumava correr e gritar pelos corredores de suas residências; outras vezes, ele ficava sentado perfeitamente imóvel por horas. Quando questionado sobre as últimas ocasiões, Charles afirmou que era feito de vidro e não podia se mover por medo de quebrar.
Essa condição ficou conhecida como "ilusão do vidro". Essa ilusão começou com Carlos VI e se tornou cada vez mais comum até 1600, quando se tornou parte do clima cultural. Foi escrito sobre ele em livros sobre doenças, bem como em peças, poemas, histórias e muito mais. O transtorno foi escrito por Miguel de Cervantes e Rene Descartes, entre outros. A ilusão então morreu após 1600.