Os efeitos do crime na sociedade incluem sentimentos de medo que perturbam o sentido de unidade da população, o rompimento das associações sociais devido à evitação habitual de determinados locais, falta de vontade de sair à noite e danos à imagem da comunidade. A percepção de uma comunidade dominada pelo crime pode impedir as pessoas de lá irem e induzir os residentes a se mudarem. Isso causa danos à economia.
O medo do crime em qualquer sociedade é tão prejudicial quanto o próprio crime. É emocionalmente desgastante para as pessoas que vivem com medo em comunidades de alta criminalidade. O medo do crime pode afetar negativamente o comportamento dos moradores, reduzir a organização da comunidade e impedir que novos negócios queiram abrir na área por medo de serem roubados. Isso aumenta os problemas econômicos de uma área repleta de crimes. As organizações de aplicação da lei em áreas de alta criminalidade geralmente utilizam uma maior visibilidade, mas isso geralmente sai pela culatra em áreas de baixa renda, fazendo com que a população veja a polícia como o inimigo.
Outros problemas incluem o fato de que as vítimas do crime precisam lidar com o aumento do medo e do trauma posteriormente. Mesmo para quem não foi vítima de um crime, o medo pode variar dependendo da demografia da pessoa. A idade é um fator porque os idosos são mais vulneráveis. O gênero é um fator porque as mulheres expressam níveis mais altos de medo do crime do que os homens. Pessoas que vivem em bairros não brancos têm mais medo do crime do que aqueles que vivem em áreas predominantemente brancas, explica Flourish Itulua-Abumere. O crime pode até mudar a aparência dos bairros, já que portões e guardas de janela prejudicam a aparência estética da comunidade.