A poliandria, o casamento de uma mulher com dois ou mais homens, ainda é praticada em partes da Índia, Nepal e África. Na história, a prática ocorreu no Tibete, China, Butão e outros partes do mundo.
A poliandria era comum em áreas do mundo onde recursos como terra e alimentos eram escassos, mas as mulheres podiam possuir propriedades. Já foi praticado no Tibete, mas a ocupação chinesa proibiu a prática, embora ainda ocorra nas regiões de Yunnan e Sichuan na China. Ainda é praticado em partes da África, como Quênia, Tanzânia e Nigéria, bem como partes da América do Sul e Índia.
Geralmente, onde a prática era seguida, um homem que desejava se casar com uma mulher encontrava-se com os pais da mulher. Se eles chegassem a um acordo, o homem se casava com a mulher. Se um segundo homem também desejava se casar com a mulher, ele falava com os pais da mulher e, a menos que o primeiro marido apresentasse um dote grande o suficiente para criar um relacionamento monogâmico, o segundo homem também se casava com a mulher. A família então morava toda na mesma casa.
A grande maioria dos casamentos poliândricos envolveu uma mulher que se casou com dois ou mais irmãos. Conhecida como poliandria fraterna, esse processo era considerado mais estável do que a poliandria não fraterna, o casamento de uma mulher com vários homens não aparentados. Dois ou mais homens aparentados eram mais propensos a cuidar de todos os filhos do relacionamento do que homens que não tinham laços familiares entre si.