A aplicação da Lei de Navegação pela Inglaterra nas colônias da América do Norte durante a segunda metade do século 18 ajudou a mobilizar a população colonial para se tornar um movimento mais amplo e unificado voltado para a independência. Os colonos americanos perceberam as Leis de Navegação, que proibiam o comércio com outros países que não a Inglaterra, como uma ameaça direta ao seu sistema econômico. Ao se unir e firmar acordos de não consumo e não importação para protestar contra as Leis de Navegação, uma grande parte da população colonial, que antes era politicamente inativa, começou a participar do crescente movimento de independência.
Os British Navigation Acts começaram em 1651 e foram concebidos para manter os benefícios do comércio confinados ao Império. O uso de navios estrangeiros para o comércio entre as colônias e a Grã-Bretanha foi restrito, e a perda de ouro e prata para nações estrangeiras foi minimizada. As Leis de Navegação estabelecem as regras para o comércio entre a Inglaterra e suas colônias, e proíbe as colônias de comerciar com a França, Espanha, Holanda ou qualquer uma das colônias desses países.
No início, as Leis de Navegação não foram totalmente aplicadas nas colônias da América do Norte devido à política não oficial, embora operativa, de "negligência salutar" ou "negligência benigna", pela qual o governo britânico permaneceu afastado dos assuntos relativamente autônomos das 13 colônias. Em 1763, entretanto, a Inglaterra estava sobrecarregada por uma enorme dívida de guerra como resultado da Guerra dos Sete Anos. A aplicação das Leis de Navegação nas colônias da América do Norte pretendia ajudar a economia inglesa a se recuperar, exigindo que as 13 colônias conduzissem todo o comércio com a Inglaterra ou com negócios ingleses, independentemente de se um preço melhor pudesse ser obtido em outro lugar. Essa restrição ao livre comércio dentro das colônias foi um passo significativo em direção à Revolução Americana.