St. Antônio, o Grande, também conhecido como Santo Antônio do Deserto, tornou-se santo devido ao seu estilo de vida extremamente rigoroso e ascético, que atraiu a ele muitos outros interessados para orientação e exemplo. Como tal, Santo Antônio é altamente considerado por muitos cristãos como uma das figuras fundadoras da história do monaquismo.
Os seguidores de Santo Antônio assumiram uma mentalidade quase militar, rejeitando as necessidades e desejos terrenos a fim de elevar a alma e a consciência para mais perto de Deus. O caráter de suas atitudes e sacrifícios teve ampla influência sobre outras figuras da igreja primitiva, particularmente homens como Santo Agostinho de Hipona, um dos pensadores e escritores mais importantes da história do Cristianismo.
A maior parte do que os leitores modernos sabem sobre Santo Antônio se deve a uma biografia escrita pelo escritor da igreja do século IV Santo Atanásio de Alexandria. De acordo com os relatos disponíveis, Santo Antônio começou sua vida ascética de solidão e privação aos 20 anos. Durante esse tempo sozinho no deserto, Antônio é registrado como travando sua batalha épica de vontades contra Satanás e as tentações deste último. A representação dessa luta moral tornou-se um tema central em muitas imagens da igreja primitiva e medieval, e mesmo na literatura moderna. Depois de sua luta no deserto, Antônio teria reunido seguidores que ele então instruiu sobre o estilo de vida do eremita monástico. Santo Antônio também viajou e participou de alguns debates teológicos. Por exemplo, a segunda e última viagem de Santo Antônio a Alexandria caracterizou sua apresentação de uma rejeição fervorosa da heresia ariana, uma posição que sustentava que Cristo não era totalmente da mesma substância divina do Pai.