Como as corujas comem suas presas inteiras, elas requerem um sistema digestivo especial que consiste em um estômago de duas câmaras: o estômago glandular e a moela. Quando uma coruja come sua presa, ela passa primeiro para o estômago glandular, onde ácidos e enzimas começam a quebrar sua gordura, músculos e órgãos internos.
O alimento então passa para a moela, que basicamente funciona como um local de retenção para todos os materiais que os ácidos do estômago não podem digerir, como penas, cabelos, dentes e ossos. O resto dos tecidos parcialmente digeridos são então filtrados e continuam no intestino delgado, onde as enzimas os decompõem ainda mais, com os nutrientes absorvidos pelo corpo. Os tecidos parcialmente digeridos seguem para o intestino grosso antes de chegarem à cloaca, onde são armazenados junto com os resíduos do sistema urinário. Os resíduos são misturados à uréia e eventualmente liberados da cloaca pelo respiradouro da coruja.
Enquanto isso tudo acontece, o material indigesto permanece na moela, onde é lentamente comprimido em um pellet que tem o mesmo formato e tamanho da moela. Depois que a moela compacta o pellet, o pellet então viaja de volta para o estômago glandular, onde pode ser armazenado por até 10 horas antes que a coruja finalmente o regurgite de volta. Durante esse tempo, a coruja não pode comer, pois a pelota bloqueia a entrada do sistema digestivo.