Termos literários, ou dispositivos, que são usados na peça "Júlio César" incluem declarações antitéticas, epimone, metonímia e anacronismos. Uma antítese é uma declaração que contém ideias contrastantes uma ao lado da outra.
Um exemplo de antítese na peça é quando Brutus afirma que não ama menos César, apenas ama mais Roma. Um epimone é construído repetindo continuamente uma frase. Por exemplo, quando Marco Antônio descobre que Brutus cometeu suicídio, ele lamenta que Brutus tenha sido um homem honrado repetidamente ao longo de seu monólogo.
Uma metonímia é quando uma palavra é substituída por outra palavra intimamente associada ao original. Um exemplo de metonímia aparece na peça quando Marco Antônio pede à multidão que lhe dê ouvidos. A multidão entende que Antônio quer que ouçam o que ele tem a dizer.
Um anacronismo é um termo literário que se refere a algo que está fora do lugar cronologicamente. Geralmente é usado para dar ao público algo com o que se relacionar na história. No segundo ato de "Júlio César", Brutus diz a Cássio para contar as batidas do relógio. No entanto, os relógios mecânicos não existiam durante o tempo em que o jogo ocorre. Da mesma forma, uma peça de roupa chamada gibão é referenciada no ato um. Romanos não usavam gibões. No entanto, o público da época de Shakespeare sim. As imagens fornecidas pelo uso da palavra teriam dado ao público algo familiar para se referir, o que, por sua vez, os teria tornado mais envolvidos com os acontecimentos da peça.