"Diamantes negros do Alasca" é o nome comercial de uma forma mineralizada de óxido de ferro conhecida como hematita. A hematita ocorre em todo o mundo, e as gemas fresadas criadas a partir dela possuem um acabamento preto brilhante. A hematita é chamada de pedra de sangue porque pode ser moída em um pó vermelho escuro que os antigos acreditavam ser sangue coagulado, daí seu uso como amuleto para aplicações médicas pré-científicas.
A associação do pó de hematita com sangue seco não é totalmente injustificada. O pó vermelho em que se degrada é, na verdade, rico em ferro oxidado. O óxido de ferro é o que dá aos glóbulos vermelhos sua cor característica, e o composto, conhecido comumente como ferrugem, também é prevalente nos solos superficiais de Marte.
A hematita é comum na Terra e é a principal forma de extração de ferro da crosta. O mineral foi depositado globalmente em enormes depósitos conhecidos como formações de ferro em faixas, principalmente entre 1,8 e 2,4 bilhões de anos atrás, conforme o oxigênio proliferou na atmosfera. O ferro livre é instável na presença de oxigênio, e o ferro solto nos oceanos da Terra reagiu à sua presença oxidando-se e precipitando-se para formar os depósitos de hematita dos quais os diamantes negros do Alasca seriam extraídos posteriormente.