"Irmã de Shakespeare", um argumento apresentado por Virginia Woolf em seu ensaio extenso, A Room of One's Own, postula que uma mulher nunca poderia ter escrito as peças de William Shakespeare. Ela acredita nisso devido à falta de recursos educacionais e apoio social fornecido às mulheres na época.
Woolf cria uma irmã fictícia para William Shakespeare chamada Judith Shakespeare, que é tão inteligente, talentosa e criativa quanto seu irmão. Ela conta a história de como William foi mandado para a escola e aprendeu latim e os clássicos, enquanto Judith foi deixada em casa para costurar. Judith despreza o casamento e viaja para Londres para se tornar atriz, onde é ridicularizada, usada e rejeitada pelos homens. Desamparada e miserável, ela se mata.
Woolf afirma que esse era o destino de uma mulher talentosa na época simplesmente porque as mulheres eram consideradas inferiores aos homens. De acordo com Woolf, quando os homens argumentam que uma mulher nunca poderia ter produzido as obras de Shakespeare, eles falham em reconhecer que a sociedade tornou impossível para uma mulher fazê-lo. Ela continua dizendo que gênios como Shakespeare existiam entre as mulheres, mas raramente eram reconhecidos. Muitas dessas mulheres eram esposas e mães oprimidas que cantavam para seus filhos e produziam poesia que ninguém via.