Na peça de William Shakespeare "Júlio César", Brutus é mais um filósofo motivado pelo idealismo, enquanto Cássio é um homem prático guiado pela política e pelo poder. Ao contrário de Brutus, que acredita genuinamente nas virtudes do republicanismo e os perigos da autocracia, Cassius apenas usa a retórica republicana para seu ganho político.
Embora Brutus ame César de verdade, ele está profundamente perturbado com o poder cada vez maior de César. Como o progenitor de Brutus era famoso por livrar Roma de um tirano, ele sente uma forte conexão pessoal com o republicanismo e acredita que deve agir para evitar que César se torne rei de Roma. Guiado por seu código moral, ele não aproveita os momentos-chave da política. Por exemplo, no Ato 3, cena 1, ele permite que Antônio, um dos apoiadores de César, fale sobre o corpo de César, embora os outros conspiradores saibam que permitir que Antônio fale é potencialmente perigoso. O próprio Antônio elogia a virtude de Brutus em seu discurso final.
Cássio joga com a virtude de Brutus para envolvê-lo na conspiração contra César. Sabendo que Brutus deseja viver de acordo com a herança de sua família, Cássio escreve notas para Brutus que aparentemente vêm de vários cidadãos romanos pedindo a Brutus para fazer algo sobre a crescente autocracia de César. Cassius não tem uma forte bússola moral. Ele quer negar o direito de Antônio de falar e até mesmo participa de esquemas de suborno após o assassinato. Esses esquemas enfurecem o Brutus estritamente moral, que diz que as ações de Cássio estragam sua causa pura.