"The Wife of Bath's Tale", de "Canterbury Tales", de Chaucer, é um exemplo, uma história que disfarça uma polêmica com graves conotações políticas e religiosas como um retrato ridículo de uma mulher indecente. O subtexto da história é que a esposa é profundamente herética por insistir em seus direitos em face da opressão oficial das autoridades religiosas e seculares da época.
O conto da esposa de Bath começa com um prólogo que é mais longo do que o próprio conto. No prólogo, a Esposa admite que "teve cinco maridos na porta da igreja". Ou seja, ela se casou cinco vezes, o que era incomum e desaprovado pela igreja do século 14. Seus maridos continuam morrendo e ela às vezes encontra um novo marido no funeral do último. Ela afirma confiar na experiência acima da autoridade da igreja ou das escrituras e, a certa altura, discorda quase abertamente de uma opinião declarada de Jesus. Seu conto é de uma velha bruxa na época do Rei Arthur que se tornou bela porque "ganhou soberania" sobre o marido.
A esposa de Bath é uma crítica contundente da descrição da igreja medieval das mulheres como subordinadas e inerentemente pecadoras. Como uma caricatura ridícula, a Esposa é livre para fazer vários pontos contra a ortodoxia da época que, de outra forma, seriam abertamente heréticos. Sua história foi a maneira de Chaucer criticar tanto o patriarcado quanto o pudor.